29 de agosto de 2010

.

Renuncio às palavras
e às explicações.
Ando pelos contornos
onde todos significados
são sutis, sõa mortais.
Não quero perder o momento
belo. Quero vivê-lo mais,
com a intensidade que exige a vida:
desgarramento e fulguração.
Então me corto ao meio e me solto
de mim:
a que se prende e a que voa,
a que vive e a que se inventa.
Duplo coração:
a que se contempla e a que nunca
se entende,
a que viaja sem saber que chega
-mas não desiste jamais.

Lya Luft



Nenhum comentário:

Postar um comentário